Não dá mais para ir a uma Base Aérea no Brasil e não vê-las. Todas as aviações da Força Aérea Brasileira (Caça, Transporte, Asas Rotativas, Patrulha e Reconhecimento) já possuem mulheres aviadoras. As oficiais aviadoras são o símbolo de uma conquista importante para as mulheres militares: deixar de ocupar apenas funções de apoio e também ter acesso aos quadros para desempenhar a missão-fim das Forças Armadas, podendo inclusive chegar ao Comando.
Criada em 1941, a Força Aérea Brasileira teve como pioneiras seis mulheres integradas ao Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GACCA) para atuarem como enfermeiras. Depois do conflito, a FAB continuou a ser somente masculina até 1982, quando ingressaram as primeiras integrantes do Quadro Feminino de Oficiais (QFO) e o Quadro Feminino de Graduadas (QFG), ainda em funções de apoio. Depois foi a vez das médicas, engenheiras e das especialistas de funções como gerenciamento de tráfego aéreo, manutenção de aeronaves e serviços administrativos.
Em 1996, ingressaram as primeiras Cadetes Intendentes na Academia da Força Aérea, principal escola de formação de oficiais da FAB. As primeiras atingiram o posto de Tenente-Coronel em agosto de 2017 e poderão chegar até o posto de Major-Brigadeiro, maior patente deste quadro, o segundo maior da instituição.
Protagonismo feminino
Finalmente, em 2003, 62 anos após a criação da Força Aérea Brasileira, as primeiras cadetes aviadoras ingressaram na AFA. Hoje elas estão no posto de major e, futuramente, poderão chegar ao posto de Tenente-Brigadeiro, o mais alto na hierarquia, podendo, inclusive, assumir o Comando da Aeronáutica.
Uma outra conquista foi realizada na AFA a partir de 2010: antes daquele ano, todos os oficiais aviadores da Força Aérea Brasileira somente tiveram homens como seus instrutores de voo. As mulheres, ainda que em posto superior, não desempenhavam a função de instrutoras naquele que é o maior desafio para os cadetes aviadores.
Em 2010, a FAB teve a sua primeira instrutora de voo e, atualmente, possui duas instrutoras da aeronave T-25 Universal, a aeronave voada no treinamento básico dos cadetes. Em 2020, uma tenente aviadora tornou-se a primeira mulher a ser qualificada como Instrutora de Voo na aeronave T-27 Tucano, utilizada no treinamento do último ano da Academia da Força Aérea (AFA).
Barreiras
Apesar dos avanços, ainda há barreiras formais para mulheres na Força Aérea Brasileira. Todas as militares passam por treinamentos de combate, como exercícios de campanha, tiro e testes de sobrevivência, mas o combate em solo ainda é restrito.
O Curso de Formação de Oficiais de Infantaria da Aeronáutica permanece reservado para homens. Também ainda é vedada às mulheres a especialidade Guarda e Segurança do Curso de Formação de Sargentos.
As mulheres também não participam da seleção do serviço militar obrigatório, que abrange as três Forças Armadas. Esse impedimento faz com que não haja soldados nem cabos do corpo feminino na Força Aérea, todas possuindo, pelo menos, a graduação de 3º Sargento.
Também há limitações na Marinha e no Exército. Apesar de ambas as forças já terem mulheres nas suas escolas de formação de oficiais, com destaque para a Marinha, que tem uma Almirante do quadro de médicos, nenhuma das duas forças ainda têm mulheres aviadoras.
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